Passamos uma vida presos, qual pássaros em suas gaiolas!
Medo de amar, de olhar a vida de frente...
E naquele pequeno espaço, cantamos nossas dores e sonhos!
Muitas vezes as portas de nossas gaiolas se abrem...
Mas permanecemos ali acostumados encolhidos às nossas vontades e sonhos!
Não tenham dúvidas, amigos... na primeira oportunidade, devem alçar o vôo das águias, calmo, confiante, determinado!
Amem sem medo, brinquem um pouco com a vida!
Não tenham medo dos rochedos e, sobre eles, estendam a suas asas corajosas de águia! soltem-se ao vento, e deixem-no levá-los ao sonho!
Como a águia, tente enxergar as pequeninas coisas a sua volta e saiba apreciá-las, dando um sentido novo à sua vida!
Não sejam passarinhos de gaiola, mas, águias do céu!
Há sorrisos esperando-lhes dias de sol, o abraço dos amigos, dos filhos e tantos sonhos lindos!
Um amor lhe espera para com você, voar, voar...
A cada dia, existe uma renovação constante, e nunca um será como o outro.
Não há dores eternas, lágrimas eternas, perdas eternas!
Porque a vida é um recomeçar diário de um vôo!
E gaiolas não foram feitas para os pássaros...
Tão pouco para as Águias!
O livro, The joy of stress (Aproveite seu estresse, título em português), tinha um formulário inteligente para que o leitor pudesse identificar seu nível de esgotamento. Respondi de forma honesta o teste e o resultado foi chocante: a pontuação negativa atingida me colocava entre os que "podiam morrer a qualquer momento". Algo bem dramático num livro aparentemente leve, cheio de ilustrações alegres e edificantes.Isso parecia confirmar que meus dias estavam contados, mas o livro me cativou, permitindo-me entender que aquele escore negativo dependia somente de meu comportamento, de minha maneira de levar a vida. A genética da pessoa, de acordo com o autor Peter G. Hanson, um renomado clínico geral canadense que adorava atender os pacientes em seus domicílios e que dizia saber em quais casas moravam a saúde ou a doença, representava muito pouco na escala do bem-estar dos pacientes. Não queria morrer... a âncora era meu filho pequeno, então com 12 anos e que morava comigo no Brasil e que escolhera viver aqui em vez de morar na Itália com a mãe. Li o livro, quase por inteiro, na primeira noite mesmo. É inesquecível - ainda sinto arrepios ao lembrar - recuperar a esperança ao ler tantas verdades, tantos exemplos simples e práticos que batiam com algo que trazia comigo desde sempre, dentro da minha alma, mas que estava esmagado por uma enorme quantidade de entulho mental e emocional acumulado até então. Considero este dia 4 de novembro o dia de meu renascimento. O livro ensinava uma técnica de relaxamento (mal sabia eu o que isso significava) que consistia em - sentado confortavelmente e de olhos fechados - visualizar o número 100, fazendo uma contagem regressiva que nenhum pensamento deveria interromper. Foram horas e quase varei a noite, pois nessa hora a mente mais se parece com uma bateria de concerto de rock, quando, de repente, entrei num estado de graça que me via consciente, sereno, sem mais utilizar os velhos cinco sentidos e navegando calmamente por águas nunca antes navegadas.
Nunca mais deixei de utilizar esta técnica e suas derivações e em poucos meses fiquei livre de todos os problemas físicos, com a rinite demorando um pouco mais para desaparecer. Os remédios ficaram aos poucos com o prazo de validade vencendo e foram pro lixo. Confesso que aprendi a viver. Passei a acessar permanentemente o Deus interior, a Fonte, a vivenciar a Fé que não emana de livros ou credos diversos, mas que precisa ser conquistada através de experiências pessoais, que está e sempre esteve bem no centro de cada um de nós, no meio do peito.
Aprendi a agradecer pela vida, pelos filhos, pelos amigos, por todos que passaram por mim... agradecer à nossa Mãe Terra, à preciosa água, ao alimento; também ao Sol e à Lua, pelo dia e pela noite, pelo momento, pelo agora que me permite sempre recomeçar, consertar os erros, perdoar e ser perdoado. Aprendi a me sentir parte integrante e indivisível do Cosmos, um ser imortal e único em minha essência, que não pode ser limitado por controle externo nenhum, muito menos pelo medo e o terror despejados pelo sistema vigente no inconsciente coletivo. Aprendi a utilizar desde então somente terapias não invasivas que permitem, além de curar de vez as desarmonias, expandir nossa consciência, dia após dia, numa jornada sem fim; expansão que nos contempla a todos, de forma distinta e perfeita, dependendo de nossas características pessoais e de nossa vontade soberana, o famoso e poderoso livre-arbítrio.
Vamos assumir nossa força? Vamos fazer nossa parte ainda com mais foco, perseverança e amor, ajudando e esclarecendo as pessoas à nossa volta, finalmente livres de dogmas ou preceitos religiosos obsoletos, manifestando todo o poder do exemplo e da Unidade?
Somos Luz, somos muitos e somos UM só!