domingo, 17 de junho de 2012

Mandalas

Do ponto de vista espiritual, Mandalas são centros energéticos de equilíbrio e purificação que ajudam a transformar o ambiente e nossa mente. Um Mandala é basicamente um círculo, uma forma perfeita, representando o cosmo e a eternidade. Representa a criação, o mundo, Deus, o ser humano e a vida. Tudo que nos rodeia tem a forma de um círculo. O Sol, a Lua, os planetas, as arvores, as flores. Os desenhos das catedrais góticas, o perfeito equilíbrio estético de uma flor tudo pode ser um mandala. Basta abrir os olhos e olhar a nosso redor. Mandala significa círculo em sânscrito. Esta palavra é conhecida como roda e totalidade. Também é definida como um sistema ideográfico que contem um espaço sagrado. Desde tempos remotos era utilizado, tendo sua origem na Índia e aparece em culturas orientais e nos aborígenes da America e Austrália. Na cultura ocidental, foi Carl G. Jung quem utilizou em terapias com o objetivo de alcançar a busca da individualidade do ser humano. Segundo suas investigações, os Mandalas representam a totalidade da mente, tanto consciente como inconsciente. Também são definidos como diagrama cosmológico que pode ser utilizado para meditação. As formas mais utilizadas são o circulo, triangulo quadrado e retângulo. O uso de cores nos Mandalas possui um significado especial relacionado com o estado de ânimo de quem a pinta. Assim se define cada tonalidade: Mandala na tradição hinduísta A mandala tradicional hinduísta faz parte do ritual de orientação e do espaço sagrado central, que são: o altar e o templo. Ela é a passagem de um estado para outro, ou seja, do material ao espiritual. Seu centro é uma entidade; sua periferia é a perfeição. É um instrumento visual para a concentração ou meditação que conduz à realização das formas sobrenaturais que se encontram na mandala. Mandala na tradição budista Essas figurações concêntricas das mandalas são imagens dos dois aspectos que são complementares e idênticos à realidade: o aspecto da razão original, que é inata nos seres humanos (e que utiliza imagens e idéias do Mundo material, ilusório) e o aspecto do conhecimento terminal produzido pelos exercícios físicos e mentais que são adquiridos pelos Budas (Iluminados) e que se fundem uns com os outros, na intuição do estado da mais alta felicidade possível, chamado Nirvana. Admite-se que esse estado mental é de grande liberdade e espontaneidade interior em que a mente humana goza de tranqüilidade suprema, pureza e estabilidade. Mandala na tradição tibetana Jung descobriu que as mandalas na tradição budista tibetana derivam do conhecimento religioso dos lamas. Essa expressão, lama, significa guru, na tradição hinduísta, mestre. Nesse sentido, os lamas consideram a verdadeira mandala uma imagem interior que, gradualmente, é construída nos momentos de equilíbrio psíquico perturbado ou quando um pensamento não pode ser encontrado e deve ser procurado, porque não está contido na doutrina sagrada. Podemos entender assim: a mandala como um guia imaginário e provisório de meditação. Daí, a mandala pode se manifestar em suas combinações variadas de círculo e quadrado, o que se chama mundo espiritual e mundo material, respectivamente, assim como expressa a dinâmica das relações que os unem, em tríplice aspecto, ou seja, plano cósmico, antropológico e divino.

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