sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Yemanjá.

YEMANJÁ:Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou, Yèyé omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes).O cristal representa seu poder genitor e sua interioridade (filhos contidos em si mesma). Representa a gestação e a procriação. Em alguns mitos considera-se mulher de Òrányàn (descendente de Oduá e fundador de Oyó) de quem ela concebeu Sàngó (Ancestre dicino da dinastia dos Àlàfin de Òyó).

A mãe dos orixás, esposa de Òrìnsànlá. No Brasil é a deusa do mar, da água salgada, enquanto na Nigéria, a deusa de um rio, e orixá dos Egbá, onde existe o rio Yemoja. Também a deusa do encontro das águas do rio e do mar. A mais antiga é Iyá Sagba, que quer dizer, A Mãe que passeia sobre as ondas.

Suas cores são o azul claro, branco e azul e o cristal, sua saudação, Odoyiá = Mãe do rio. Sábado é o seu dia consagrado, juntamente com outras divindades femininas.

Seu dia consagrado é 2 de fevereiro

Segundo algumas fontes; Orixá dos rios e correntes, especialmente do Rio Ogun, na África seria folha de Obatalá e Oduduwá, casada com Oranyian, fundador mítico de Oyó, teria sido esposa de Aganjú, e com ele teve um filho Orùngan, que a violou e dela são descendentes outros quinze orixás: Dadá, Sangó, Ògún, Olokun, Olosá, Oyá, Òsun , Obá, Oko, Oke, Saponan; Òrun (sol) e Osupá (lua); Ososo e Aje Saluga (orixá da riqueza). Seus diversos nomes são relativos aos diferentes lugares profundos (ibù) do rio.

Qualidades: 7 conhecidas, seus nomes diferem conforme região.

1) Yemoja Ogunte (esposa de Ogum Alagbedé)
2) Yemoja Saba (fiadeira de algodão, foi esposa de Orunmilá)
3) Yemoja Sesu/Susure (voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun)
4) Yemoja Tuman/Aynu/Iewa
5) Yemoja Ataramogba/Iyáku (vive na espuma da ressaca da maré)
6) Iya Masemale/Iamasse (mãe de Xangô)
7) Awoyó/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxalá)

EWÁ / ERVAS:
Teté = Bredo sem espinhos
Orim-rim = Alfavaquinha
Odum-dum = Folha da costa
Efim = Malva branca
Omin-ojú = Golfo branco
Jacomijé = Jarrinha
Ibin = Folha de bicho
Já = Capeba
Obaya = Beti-cheiroso
Ìróko = Folha de loko
Tinin = Folha de neve branca, cana-do-brejo
Ereximominpala = Golfo de baronesa
Teterégún = Canela de macaco
Monam = Parietária
Jamim = Cajá
Obô = Rama de leite

YEMANJÁ É VIOLENTADA PELO SEU FILHO E DÁ À LUZ OS ORIXÁS
Da união entre Obatalá, o Céu, e Odudua, a Terra, nasceram Aganju, a Terra Firme, e Yemanjá, as Águas. Desposando seu irmão Aganju, Yemanjá deu à luz Orungã.
Orungã nutriu pela mãe incestuoso amor. Um dia, aproveitando-se da ausência do pai, Orungã raptou e violou Yemanjá. Aflita e entregue a total desespero, Yemanjá desprendeu-se dos braços do filho incestuoso e fugiu. Persegui-a Orungã.

Quando ele estava preste a apanha-la, Yemanjá caiu desfalecida e cresceu-lhe desmesuradamente o corpo, como se sua formas se transformassem em vales, montes, serras. De seus seios enormes como duas montanhas nasceram dois rios, que adiante se reuniram numa só lagoa, originando o mar.

O ventre descomunal de Yemanjá se rompeu e dele nasceram os orixás:
Dada, deusa dos vegetais,
Xangô, deus do trovão,
Ogum, deus do ferro e da guerra,
Olocum, divindade do mar,
Olossá, deusa dos lagos,
Oiá, deusa do rio Niger e dos ventos e raios,
Oxum, deusa do rio Oxum,
Oba, deusa do rio Oba,
Oco, orixá da agricultura,
Oxossi, orixá dos caçadores,
Oquê, deus das montanhas,
Ajê Xalugá, orixá da saúde,
Xapanã, deus da varíola,
Orum, o Sol
Oxu, a Lua.

E outros e mais outros orixás nasceram do ventre violado de Yemanjá. E por fim nasceu Exu, o mensageiro. Cada filho de Yemanjá tem sua história, cada um tem seus poderes.

Yemanjá é a filha de Olokum, Deusa dos Oceanos. Deusa da foz dos rios e quebra-mares é associada aos rios na África, assim como Oxum e Obá. ciumenta, poderosa e atrante e quando invocada por quem realmente a conhece, propicia favores e ajudas inestimáveis.

Conta a lenda que sua mãe Olokum, deu a Yemanjá um misterioso preparado em uma garrafa para ser usado em caso de perigo. Casada com um poderoso homem em Ilé Ifé, Yemanjá foge para Abeokutá e seu marido lança seu exército para trazê-la de volta. Em perigo, Yemanjá quebra a garrafa que sua mãe lhe dera e o líquido forma um rio que a leva para o mar.

Dia da Semana: Sábado
Cores: prata - azul-claro
Comida: manjar, pipoca de arroz com casca
Saudação: Eru Lá Omi Tó!
Domínio: Maternidade e Pesca

OS FILHOS DE YEMANJÁ NO AMOR

O Homem de Yemanjá

Detalhista e exigente, o filho de Yemanjá é´uma pessoa difícil de se tratar. Como tem um senso estético muito desenvolvido não tolera ter ao seu lado uma mulher desleixada e desarrumada. é extremamente ciumento e possessivo, embora não o demonstre. Essa sua característica gera muitas brigas ou pode levá-lo a adotar uma postura indiferente.

Apesar disto ele é um bom companheiro, empenhado em harmonizar a vida a dois. A mulher que quiser conquistá-lo terá de entender ainda que a sua imagem sensual, reforçada pelo corpo bonito, esconde um parceiro sexual passivo, que espera que a companheira tome a iniciativa para então se soltar.

Afinidades Com mulheres de Ogum, Oxanguian, Oxalá, Oxóssi e Obaluayê

A Mulher de Yemanjá

É aquela mulher que todo homem sonha em encontrar. Tem voz meiga e calma, é delicada e dona de uma beleza harmoniosa. Como uma verdadeira sereia, ela sabe direitinho como enfeitiçar os homens. É passiva no assunto coração e adora se sentir segura na presença do companheiro, que nunca poderá ser um homem fraco diante da vida. Esse companheiro encontrará na filha de Yemanjá uma grande disposição sexual e um imenso desejo de agradá-lo.

Porém estas qualidades podem se transformar repentinamente. Por trás da aparência meiga e encantadora há uma mulher extremamente vingativa e ciumenta, que pode chegar ao extremo de abandonar por vingança a pessoa amada, ou então, só para
Afinidades Com homens de Oxunmaré, Oxalá, Oxóssi, Ogum e Xangô

ILÊ NAGÔ KÂO XANGÔ OKANIMÔ

Yemoja na Africa

Iemanjá, cujo nome deriva de Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX.

Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do àse da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Yemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente à opinião de numerosos que escreveram sobre o assunto no fim do século passado.

Não nos deteremos nas extravagantes hipóteses do Padre Baudin, retomadas com entusiasmo pelo Tenente-Coronel Ellis e outros autores. Daremos, porém, em notas um resumo destes textos.

O principal templo de Iemanjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeukutá. Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira(ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta, vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.

Iemanjá seria filha de Olóòkun, deus (em Benin) ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá, ela aparece "casada pela primeira vez comOrunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de Ifé,...Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao Oeste. Outrora, Olóòkun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado, pois "não se sabe jamais o que pode acontecer amanhã", com a recomendação de quabrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim, Iemanjá foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste.

Olofin-Odùduà, rei de Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).

Iemanjá tem diversos nomes, relativos, como no caso de Oxum, aos diferentes lugares profundos(ibù) do rio. Ela é representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito.

Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera, Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para Olóòdun, como na lenda precedente.

Iemanjá no Novo Mundo

Iemanjá é uma divindade muito popular no Brasil e em Cuba. Seu axé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul. O sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro. Fazem-se oferendas de carneiro, pato e pratos preparados à base de milho branco, azeite, sal e cebola.

Diz-se na Bahia que há sete Iemanjás:
Iemowô, que na África é a mulher de Oxalá;
Iamassê, mãe de Xangô;
Euá (Yewa), rio que na África corre paralelo ao rio Ògùn e que frequentemente é confundido com Iemanjá em certas lendas;
Olossá, a lagoa africana na qual deságuam os rios.
Iemanjá Ogunté, casada com Ogum Alagbedé.
Iemanjá Assabá, ela é manca e está sempre fiando algodão.
Iemanjá Assessu, muito



A MÃE, SENHORA DOS PEIXES E DAS CABEÇAS
SAUDAÇÃO: OMI Ô ODO IYÁ ;ERUIÁ
CORES: AZUL CLARO OU CRISTAL.
ADORNOS: ABEBÊ;
DOMÍNIO: OCEANO,ENSEADAS (ÁGUA SALGADA);
AXÉ (FORCA EMANADA): PURIFICAÇÃO, FAMÍLIA, SAÚDE MENTAL;
DIA DA SEMANA: SÁBADO (CANDOMBLÉ), SEXTA-FEIRA (BATUQUE)
OFERENDAS: MANJAR, MILHO BRANCO, ETC.

SEU NOME SIGNIFICA A MÃE DOS FILHOS-PEIXE. ORIGINÁRIA DO RIO OGUM, EM ABEOKUTÁ, NIGÉRIA, TEM SEUS DOMÍNIOS NAS PROFUNDEZAS DAS ÁGUAS, DE ONDE EMERGE PARA ATENDER SEUS DEVOTOS, PRINCIPALMENTE AS MULHERES QUE ATRIBUEM A ELAS PODERES QUE FAVORECEM A FERTILIDADE E A FECUNDIDADE. É MATERNAL, SEMPRE PRONTA PARA AMAMENTAR AS CRIANÇAS SOB SEU DOMÍNIO. MAS TAMBÉM SABE SER DELICADA, MANTENDO-SE DE ESPADA EM PUNHO PARA DEFENDER SEUS FILHOS.

ARQUÉTIPOS:
SÃO AUTORITÁRIOS E PERSISTENTES EM RELAÇÃO AOS FILHOS, SÃO PREOCUPADOS, RESPONSÁVEIS E DECIDIDOS. SÃO AMIGOS E PROTETORES E CHEGAM AS VEZES, QUANDO MULHERES, A SE COMPORTAREM COMO SUPER MÃES. SÃO AGRESSIVOS E ATÉ TRAIÇOEIROS, QUANDO A SEGURANÇA DOS FILHOS E DA FAMÍLIA ESTÁ EM JOGO;'SÃO FALADORES, NÃO GOSTAM DA SOLIDÃO.

LENDAS:
FILHA DE OLOKUM, DEUSA DO MAR, YEMANJÁ ERA CASADA COM OLÓFIM ODUDUÁ COM QUEM TINHA DEZ FILHOS ORIXÁS. POR AMAMENTÁ-LOS, FICOU COM SEIOS ENORMES. IMPACIENTE E CANSADA DE MORAR NA CIDADE DE IFÉ, ELA SAIU EM RUMO OESTE, E CONHECEU O REI OKERÊ; LOGO SE APAIXONARAM E CASARAM-SE. ENVERGONHADA DE SEUS SEIOS, YEMANJÁ PEDIU AO ESPOSO QUE NUNCA A RIDICULARIZA-SE POR ISSO. ELE CONCORDOU; POREM, UM DIA, EMBRIAGOU-SE E COMEÇOU A GRACEJAR SOBRE OS ENORMES SEIOS DA ESPOSA. ENTRISTECIDA, YEMANJÁ FUGIU.

DESDE MENINA, TRAZIA NUM POTE UMA POÇÃO, QUE O PAI LHE DERA PARA CASOS DE PERIGO. DURANTE A FUGA, YEMANJÁ CAIU QUEBRANDO O POTE' A POÇÃO TRANSFORMOU-A NUM RIO CUJO LEITO SEGUIA EM DIREÇÃO AO MAR.

ANTE O OCORRIDO, OKERÊ, QUE NÃO QUERIA PERDER A ESPOSA, TRANSFORMOU-SE NUMA MONTANHA PARA BARRAR O CURSO DAS ÁGUAS. YEMANJÁ PEDIU AJUDA AO FILHO XANGÔ, E ESTE, COM UM RAIO, PARTIU A MONTANHA NO MEIO; O RIO SEGUIU PARA O OCEANO E, DESSA FORMA, A ORIXÁ TORNOU-SE A RAINHA DO MAR.





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