segunda-feira, 6 de junho de 2011
Via Láctea para os Maias - constelação de Cygnus
Cygnus (Cyg), o Cisne, é uma constelação do hemisfério celestial norte. O genitivo, usado para formar nomes de estrelas, é Cygni. Esta constelação possui 50 estrelas visíveis a olho nu e numerosas estrelas duplas ou múltiplas e as mais brilhantes são Deneb e Albireo. A estrela 61 Cygni foi primeira a se medir, em 1838, a distância em relação à Terra e fica a 11 anos-luz. As estrelas principais dessa constelação desenham na Via Láctea a figura de um cisne de asas abertas e às vezes é chamada de Cruz do Norte. As constelações vizinhas são Cepheus, Draco, Lyra, Vulpecula, Pegasus e Lacerta.
Alpha Cygni mais conhecida como Deneb é a estrela mais brilhante da constelação do Cisne, ou Cygnus, apesar de estar cerca de trinta vezes mais longe da Terra do que as restantes. É, ou foi, conhecida por vários outros nomes, entre os quais se contam Arided, Aridif, HR 7924, e HD 197345. Com uma magnitude aparente de 1.25, é a décima-nona estrela mais brilhante do céu terrestre. A magnitude absoluta de Deneb é de -7.2, o que a coloca entre as mais luminosas estrelas conhecidas.
Deneb tem aproximadamente 201.550.000 km sendo então 145 vezes maior do que o Sol e 15800 vezes maior do que o planeta Terra, Deneb é também conhecida como alfa Cygni. O nome da estrela provém do termo arábico medieval Al Dhanab al Dajajah que significa a "cauda da galinha". Convém lembrar que os árabes davam o nome galinha à constelação Cygnus, daí aquele termo. Curiosamente as estrelas que compõem o Triângulo de Verão apresentam temperaturas superficiais similares na qual Vega é a mais quente com 9600 K (Kelvin) e Deneb a radiar a 8400 K. Deneb é a estrela mais pálida do Triângulo de Verão com magnitude aparente 1,25. Deneb encontra-se em 19º lugar na lista das mais brilhantes (brilho aparente) do céu (contando com as estrelas do Hemisfério Sul), logo a seguir à estrela Becrux (beta Crucis - que é variável; da constelação Crux - Cruzeiro do Sul). A estrela situa-se a 2000 anos-luz de distância segundo catálogo Hipparcos (1997). Deneb é verdadeiramente uma das maiores estrelas da Galáxia, bem maior, por exemplo, que a conhecida Rigel mas de menores dimensões que os "monstros" estelares Betelgeuse e Antares. Se a estrela tomasse o lugar do centro do Sistema Solar, a sua "superfície" estenderia à órbita da Terra. Longe de ser a maior estrela na Galáxia, Deneb é, no entanto, uma das maiores do seu género, ou seja, dentro da sua classe espectral e temperatura superficial. Também o Universo tem os seus "monstros". Caso a distância estabelecida esteja correcta, se a estrela em questão estivesse no lugar de Vega, Deneb brilharia quase tanto como uma Lua crescente em franco desenvolvimento! Trata-se de uma supergigante branco-azulada cujo tipo espectral é A2Ia. Vista com binóculo surge uma cor branca e não branco-azulada como Sirius e Vega.
Em termos de mitologia maia, a Via Láctea representa a Grande Mãe Cósmica, a partir da qual toda a vida nasceu e o seu centro representa o útero cósmico. No interior do centro galáctico existe uma nebulosa região escura de pó e nuvens, semelhante a um corredor escuro, conhecido atualmente por Dark Rift e conhecido pelos maias por Xibalba Be ou Caminho Escuro. Relativamente ao alinhamento há quem defenda que, mais precisamente, o Sol no Solstício de Inverno de 2012 atingirá um determinado ponto no fundo do Dark Rift e parecerá nascer do mesmo, do “Canal de Nascimento Galáctico”. É como se o Sol nascesse de novo do útero cósmico. Para alguns, a constelação de Cygnus é importante neste alinhamento: esta encontra-se localizada no topo do Dark Rift, podendo significar o local do nascimento cósmico. Este alinhamento pode representar então o Ponto Zero no relógio cósmico, marcando o início de uma nova era evolucionária. Diz-nos que um novo Sol nasce, que um novo ano madruga, que um novo ciclo galáctico começa, que há uma transformação da Terra.
Este alinhamento galáctico pode ser antes descrito como um alinhamento do Sol com o Dark Rift e 2012 indica o ano em que estes estarão alinhados, em conjunto com o fim do ciclo atual de Precessão. Até porque como o centro galáctico é grande, o Sol também é grande e os movimentos são lentos, um alinhamento entre o Sol e o centro da Via Láctea decorre durante muitos anos e o alinhamento entre o Sol e o Equador galáctico ocorre durante 36 anos. John Major Jenkins promoveu a idéia deste alinhamento cósmico, considerando que este é determinado pela Precessão dos Equinócios. Este movimento altera a posição dos Equinócios e Solstícios em um grau a cada 72,2 anos; a posição destes move-se 360 graus em 26 000 anos, o que significa que se movem 0,01 graus por ano. Por isso este alinhamento ocorre aproximadamente durante 36 anos, entre 1980 e 2016 - Zona de Alinhamento Galáctico. Além do mais, de acordo com cálculos astronômicos recentes, o meridiano do Solstício coincidiu mais precisamente com o Equador galáctico em 21Dez1997. Deste modo, a idéia do alinhamento do Sol com o Dark Rift parece fazer mais sentido.
Para os defensores da evolução humana cíclica, mais especificamente da evolução da consciência da humanidade, este tempo na nossa galáxia é em torno de 26mil anos, chegando a afirmar que o sistema solar se movimenta ao redor da Via Láctea em 26mil anos. Para estes, estamos a chegar ao fim de um ciclo de 26mil anos e iremos iniciar um novo a partir de 2013. Um dos seus principais argumentos é o de que, segundo os maias, no fim de um ciclo de 26mil anos a Terra se aproxima do centro da galáxia e este processo cria uma transformação na Terra e na mente das pessoas, pois o Sol e a Terra são bombardeados por raios cósmicos provenientes deste centro galáctico. Defendem que isto está a acontecer atualmente, que estamos num período de transição para uma nova era e que esta transição é um acontecimento cósmico que envolverá todo o nosso sistema solar e Via Láctea.
Em várias culturas ancestrais, o Solstício de Inverno era comemorado: o menor dia do ano, a partir do qual a duração dos dias começa a crescer, simbolizava o início da vitória da luz sobre a escuridão. O Solstício de Inverno de 2012 parece ser uma data com significado especial na cosmologia maia, talvez relacionada com a Precessão dos Equinócios em relação a outros corpos celestes. Esta data pode ser um indicador de uma fase no período de transição entre eras – o processo de nascimento da nova era e o início do novo ciclo de precessão.
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