terça-feira, 9 de agosto de 2011

Kali - Yoga Ashtanga (Nicki Doane)

Certa vez, perguntei para o Ramesh:

- Por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos, morrem afogadas num copo de água?
Ele simplesmente sorriu e me contou uma história. Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo falou para que iria para o céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá. Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, lhe orientou para ir ao Inferno. E no Inferno, você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- Você esta "doido". Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo!
Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava.
Lúcifer, transtornado, desabafou:
- Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno está insuportável, parece o Paraíso!
E fez um apelo: - Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e traga-o para cá!
Quando Ramesh terminou de contar esta história olhou-me carinhosamente e disse: - Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe trará de volta ao Paraíso!



Kali, é uma das divindades mais "respeitadas" do Hinduísmo. Apresenta-se com aspecto terrível e a tradição inclui sacrifícios animais e antigamente humanos - segundo observado ainda pelos colonizadores ingleses no século XIX. No entanto, no paganismo ela é a verdadeira representação da natureza e é também considerada por muitas pessoas a essência de tudo o que é realidade e a fonte da existência do ser. Deusa da morte e da sexualidade, Kali - cujo nome, em sânscrito, significa "negra" - é a "esposa" do Deus Shiva, em algumas culturas, pois segundo os Vedas, pois Shiva é transformado em Kali, que seria um de seus lados, para trazer o fim, segundo o tântrismo é a divina "Mãe" ou Pai do universo, destruidora de toda a maldade. É representada como uma mulher exuberante, em uma parte da India em outra como Homem de pele escura, que traz um colar de crânios em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte.

A lenda conta que, numa luta entre Durga e o demônio Raktabija, este fez o desespero de Durga com um maléfico poder: cada gota do sangue se transformava em um demônio. Durga e Shiva, ao tentar matar os vários demônios que surgiam a cada gota de sangue, cortavam a cabeça (e daí nasciam mais e mais demônios). Já em desespero, surge Kali, que cortava as cabeças e lambia o sangue (daí representado pelo colar de cabeças, pela adaga e a língua de fora). Assim, dizimou os demônios-clones de Raktabija.

Mas Kali não é uma deusa ou deus do mal pois, na verdade, o papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Os devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos. Kali é a destruidora do demônio Raktabija. E também uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva.Ou segundo alguns o próprio deus Shiva. A figura da deusa tem quatro braços, pele azul, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. No pescoço traz um colar de cabeças humanas, e nos flancos uma faixa de mãos decepadas. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído do esposo Shiva.

Apesar da aparência de malvada, Kali é muito mal compreendida pelas pessoas. Ela mostra o lado escuro da mulher ou do trangenero e a verdadeira força feminina. Kali é venerada na Índia como uma mãe pelos seus devotos e devotas que esperam dela uma morte sem dor ou aflitos.
Sempre me senti atraída por KALI, mas sou boa no meu interior. Existe aí uma contradição, sendo a divindade considerada do mal (principalmente em filmes e seriados) e me atraindo.
Em relação ao que escreveu acima, não ligo para comida nem para bens materiais. Deveria praticar YOGA mas a preguiça atrapalha, usando mais minha mente que o corpo.
Gostaria de saber o por quê? Namastê.




Nenhum comentário: