terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Yoga no Brasil - A energia Kundalini

Entendo a importância do exercício de Yoga em práticas de entretenimento no segmento turístico de recreação e lazer para o público da melhor idade, para isso tenho buscado o conhecimento na formalização e regulamentação da atividade de professor de Yoga. Segue abaixo a situação;

Durante muito tempo fiz aula com um Mestre de Yoga, que dá aulas em São Paulo, e que é desconhecido por praticantes "modernos" de hatha-yoga. Ele foi discípulo do mestre Molinero, e pra discordância de muitos, nunca quis aparecer, e faz questão de ficar anônimo. Seria quase um sanyasin, um asceta, se em vez de dar aulas no hymalaya, ele tem uma escola com discípulos de 40 anos de estudo. Após quase 20 anos de fazer aula com ele, eu resolvi abrir uma escola de yoga, no ano de 2.000, e aí comecei a perceber a politização de yoga, pois todas as pessoas que tocavam campainha em minha porta,perguntaram minha formação, aonde estudei, e aquela perguntinha... "qual é a sua linha? o carretel? o novelo, essas coisas. Pra não viajar muito na maionese, numa explicação rápida, eu tentava explicar que yoga é Um, que o conhecimento pra chegar a meditação, e aqui no Ocidente, um início começava pelo Hatha Yoga, uma aula de posturas, relaxamento, e sem muito blá-blá-blá, pois yoga é uma disciplina prática, então pra entender o melhor era fazer aula, etc. Mas, a explicação nunca era suficiente, pois percebi com os anos, que os aspírantes a serem alunos, além de serem carentes de informação, curiosos por natureza, vinham muitas vezes de outras escolas, ou seja, muitos eram dissidentes, e vinham com outra referência, e como não podia de ser, a comparação era inevitável. O paradoxo de ter ou não ter um mestre não convencia ninguém a priori pra efetivação da matrícula, pois percebi que havia "concorrentes" de outros professores que se formavam em 1 mês, ou um padrão de 150 hora, o que sempre vi com um contra-senso da história do yoga, de uma tradição espiritual, ... bem essa conversa vai longe!

Por ser um profissional do yoga, e viver exclusivamente de mensalidades, dependendo do gosto do "freguês", percebi que as coisas não são tão simples assim. O professor de yoga, não tem mais a característica dos yogis de há não muito tempo, em que havia de procurar um mestre, ter a empatia com a pessoa, gostar das técnicas, apreciar a sabedoria da palavra e da comunicação, enfim, um todo que fica até difícil expressar aqui anos de estudo. O yoga virou um comércio, profanaram o conhecimento, até pela globalização, em que podemos ter acesso as informações pela internet, e nas comunidades de relacionamento. A briga mal começou. A politização do yoga, não está mais nos ashrams, nem em professores de yoga, que não praticam yoga! Aliás, conheci muitos! Vi muitos professores que pregavam técnicas iniciáticas, sem nem mesmo sentar pra meditar, apenas vendendo seu peixe, como se fosse uma mercadoria. E é, feliz, ou infelizmente. O yoga sempre foi divulgado quando um mestre ascendia a iluminação, e assim se comprovava a eficácia de sua prática, pelo samádhi, e hoje isso não importa mais, o que importa, pra se "vender" o yoga, é que esse mestre tenha muitos alunos. O que se inverteu tudo, virou uma franquia, uma seita, um religião, e isso é política!

Por isso, e por tantas, que cada vez mais dou mais importância a essas notícias, como o desaquirvamento da PL 7370, mesmo que não de em nada, talvez hoje, mas temos sim que regulamentar. Mas como? Como terapia? Já que é, dentro do ramo de saúde, um sindicato mais forte?

E que derrubou o tal sindicato de yoga? Como medicina, já que é sim o corporativismo mais forte da categoria? E vai mais... como associações? Eu conheço umas 30 "associações" de yoga. "Cooperativas, Alianças, Sindicatos, Federações, Confederações..." Tudo isso é piada! Só de Federações de Yoga, pelo que sei existem umas três, sério! Qual escolher? Hummmm...

Lei é Lei, e devemos sim exercer os yamas e niyamas politicamente, agir de acordo com o Karma-yoga, e fazer barulho no congresso!

yuriazevedo@yahoogrupos.com.br

Desarquivamento de proposição 7370 - Prof. Yoga
Segundo solicitação, informamos que as proposições abaixo sofreram movimentação.

PL 7370/2002 - Acrescenta parágrafo único ao art. 2º da Lei 9.696, de 1º de setembro de 1998.
- 03/04/2007 Apresentação do Requerimento nº 666/2007, pela Deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que solicita o desarquivamento do PL 7370/2002.

Atenciosamente,
Câmara dos Deputados http://www2.camara.gov.br


O governo indiano decidiu apresentar um protesto contra a emissão de patentes de Yoga do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO). Enquanto o ministro da saúde decidiu levar a questão diretamente com o USPTO, o departamento de comércio exterior vai tratar com o escritório de representação comercial norte-americano contra o que parece ser uma violação de direitos do conhecimento tradicional indiano. Se a ação não tiver resultados com a USPTO, o governo está preparado para uma batalha legal para brigar pela patente do Yoga. Fontes do governo disseram que o USPTO foi descuidado em conceder patentes e marcas relacionados a conhecimentos tradicionais... (a matéria completa está abaixo). Enquanto isto, os instrutores de yoga — alguns dos quais são até yoguis, acredite, outros deveriam chamar-se, instrutores de ásanas — não estão nem um pouco preocupados com isto. E o governo muito menos, há mais de vinte anos, se empurra com a barriga o reconhecimento da profissão. Até as prostitutas — e não vai aqui nenhum preconceito imbutido no comentário, já que, por ser a profissão mais antiga do mundo, deveria estar reconhecida até há mais tempo — já têm sua "ocupação" reconhecida no site do Ministério do Trabalho. Está lá na CBO (Classificação Brasileira de Ocupações): "Batalham programas sexuais em locais privados, vias públicas e garimpos; atendem e acompanham clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas; administram orçamentos individuais e familiares; promovem a organização da categoria. Realizam ações educativas no campo da sexualidade; propagandeiam os serviços prestados. As atividades são exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão".
veja em http://www.mtecbo.gov.br/busca/descricao.asp?codigo=5198-05

Agora procure lá por profissionais ou instrutores de yoga...

Embora "yoga" signifique genericamente "unidade, inteireza, integração, união", muitos ainda entendem esta união somente consigo mesmo, como se meditar fosse olhar para o próprio umbigo, na ânsia da salvação de si mesmo... — de mergulhar num tedioso gozo celestial, por uma equivoca compreensão do yoga; que, na verdade, te leva a transcender a dor e também o "prazer"...— e não a compreensão da unidade essencial de todas as coisas e de que não há nada para ser salvo. Nada está em perigo, afinal (risos). Respire... aqueles ligados ao yoga de alguma forma, sejam intrutores simplesmente técnicos ou que tenham o yoga como uma bússola em suas vidas, e cientes da dualidade, poderiam prestar um pouco mais de atenção nos pares de opostos aqui presente. Há, é verdade, todo um aspecto subjetivo do yoga e que não é passível de nenhuma regulamentação, pois envereda pelo metafísico; há, porém, um aspecto prático e inegável: o yoga está invadindo escolas, hospitais, academias de ginástica e a casa das pessoas, através de programas de tv a cabo, DVD´s e várias publicações (nem sempre apuradas). Muitos, e com nenhuma ligação com o yoga, vêem nisso a possibilidade de lucro, e se apressam por criar produtos e serviços para um público ávido. Até sindicatos de outras categorias querem se apossar da "profissão" visando arrecadar mais dinheiro com cursinhos de formação e aperfeiçoamento, e também como forma de engordar as finanças através da "obrigatoriedade" de filiação... começam a surgir cursinhos "rápidos" disso e daquilo, ensinando, por exemplo, "técnicas de pranayama" para quem sequer conhece "ásana" ou mesmo está tendo um contato preliminar com o yoga (e para quem se torna somente uma técnica respiratória, e nem sempre salutar, um vez que empregada de forma isolada e fora de todo o contexto do yoga). Daí, sim, penso ser responsabilidade de quem "transpira" yoga estar envolvido nesta causa pela regulamentação do ensino da prática, para que seja levada de forma mais responsável e coerente, a este mundo tão carente de seus princípios, lembrando sempre que yoga começa com "yamas" e "niyamas". E nosso país, antes de mais nada, precisa ter "yamas e niyamas" ministrado em suas escolas, e, claro, praticado por quem "ensina". E, agora, um movimento de uma potência querendo patentear as posturas psicofísicas do yoga, esquartejando-o e levando a um entendimento completamente avesso do que é o yoga. Mais uma vez: penso, que é uma responsabilidade de quem vive o yoga, de quem ensina o yoga, cuidar para que o que chega ao outro, como caminho e possibilidade de crescimento, seja realmente yoga. E falo isto não com receio que o yoga se perca — não, isto não é possível. O yoga pode ser esquartejado e esquecido, mas sempre será redescoberto por buscadores sinceros (mais "meta", que "físicos", com certeza), mas, sim, de nossa responsabilidade em dividir, aquilo que, para nós, veio como dádiva. Todos precisam do yoga, principalmente no mundo moderno, não somente para si mesmo, mas como a grande esperança da paz mundial, pois o yoga, transformando o homem, pode transformar a humanidade. E, perceba, tudo é yoga. Há muito nas ciências metafísicas e que na "sabedoria antiga" é rotulado por outros nomes, mas onde, você encontra: yoga. Assim, é importante neste momento, ter um rótulo e definição sim, no aspecto legal e de definição profissional, mas nunca ache, em momento algum, que a definição de yoga pode ser contida numa definição profissional. Onde há integração, atenção, criatividade, elegância, humanidade, ética, doação, generosidade, processo,crescimento, ou mesmo guerra ou dor, quando te levam a uma maior percepção de si mesmo... ali há yoga.

Sidharta, no segundo texto abaixo, tão bem afirma: "In the present debate we are talking about only asana which is just a limb. A person who thinks asana is yoga and who is patenting asanas and is thinking he is patenting yoga needs to go back to the kindergarten of yoga. This debate would at least tell the whole world what yoga is and would save many from being cheated by these unscrupulous business men in the garb of yogis, whose only purpose is to make money at he cost of the gullible."

Namaskar,

MAURIZZIO

Aprendi que se aprende errando
Que crescer não significa fazer aniversário
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida
Que amar significa se dar por inteiro
Que se pode conversar com estrelas
Que se pode confessar com a Lua
Que se pode viajar além do infinito
Que sonhar é preciso
Que se deve ser criança a vida toda
Que nosso ser e livre
Que Deus não proíbe nada em nome do amor
Que o que realmente importa é a Paz interior
E finalmente, aprendi que não se pode morrer, pra se aprender a viver...

Há muito se diz que, quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro precioso.
Há muito se diz que amizade verdadeira dura pra sempre. Não tem aquelas tempestades da paixão e nem a calmaria exagerada do descompromisso. É o meio termo. É a bonita sensação do estar perto e, de repente, deixar o silêncio chegar. Não exige tanto. Exige tudo.As amizades nascem do acaso. Ou de alguma força que faz com que uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo, e o desejo de estar junto vai aumentando, e, com ele, a sensação sempre boa do poder partilhar, de se doar. Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, Naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver. De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas, talvez, a amizade maior seja aquela em que o amigo seja capaz de estar ao lado do outro nos momentos de glória, e vibrar com essa glória. Não ter inveja. Não querer destruir o troféu conquistado. Aplaudir e se fazer presente. Ser presente. A amizade não obedece à ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido em querer de volta tudo o que com generosidade se distribuiu.
A cobrança esmaga o espontâneo da amizade. E a surpresa alimenta o desejo de estar junto. O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali que roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. E tudo puro, e tudo lindo. Há muito se diz que não é possível viver sozinho. A jornada é penosa e, sem amparo, é difícil caminhar. Juntos, os pássaros voam com mais tranquilidade. Juntas, as gaivotas revezam a liderança para que nem uma delas se canse demais. Juntos, é possível aos golfinhos comentarem a beleza de um oceano infinito. Juntos, mulheres e homens partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu te peço, Senhor, nessa singela oração, que me dês a graça de ser fiel aos meus amigos.
São poucos. E impossível seria que fossem muitos. São poucos, mas são preciosos.
Eu te peço, Senhor, que me afastes do mal da inveja que traz consigo outros desvios. A fofoca.
A terrível fofoca que humilha, que maltrata, que faz sofrer.
Eu te peço, Senhor, que o sucesso do outro me impulsione a construir o meu caminho, e que jamais eu tenha ânsia de querer atrapalhar a subida de meu amigo. Eu te peço, Senhor, a graça de ser leal. Que eu saiba ouvir sempre e saiba quando é necessário falar.

Senhor, sei que a regra de ouro da amizade consiste em não fazer ao amigo aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse. E te peço que eu seja fiel a essa intenção.
E sei que essa regra fará com que o que se diz há tanto tempo se realize na minha vida.
Que eu tenha poucos amigos, mas amigos que permaneçam para sempre.
Não poderia ter muitos. Não teria tempo para cuidar de todos.
E de amigo a gente cuida. Amigo a gente acolhe, a gente ama. Senhor, protege os meus amigos.
Que, nessa linda jornada, consigamos conviver em harmonia.
Que, nesse lindo espetáculo, possamos subir juntos ao palco.
Sem protagonista.Ou melhor, que todos sejam protagonistas, e que todos percebam a importância de estar ali. No palco. Na vida.
Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e de conviver.
Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir e de manifestar o meu sentimento.
Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar, que é abundante e é sem-fim.
Ter amigos é Também!

Há anos que pratico meditação na postura de lótus. Quando tinha catorze anos comecei a fazer yoga no clube Espéria, no monte de muitos velhinhos, e a professora percebendo que eu já fazia essa postura, exigia que eu a fizesse, mesmo sem me sentir bem, pois era o único que fazia naquela turma. Durante anos também que pratico corrida, talvez por ser uma prática individual, comecei a correr no estilo "Forest Gump". Ainda adolescente, e morador do bairro da Saúde, zona sul de São Paulo, eu ia pedalando da minha casa até o parque Ibirapuera, e amarrava a magrela numa árvore e corria "quatro voltas no lago", o que seria uns 12 Km, voltava pedalando, tomava um banho e ia pratica yoga, só um pouquinho... Eu fiz isso até quase meus 30 anos. E nos finais de semana, quando tinha oportunidade, jogava tênis, que comecei com 18 anos, mas não era em nem todos os finais de semana, pois tinha que trabalhar e estudar, e tudo o mais que do tempo me dispunha. Comecei a jogar futebol aos 30 anos, vendo o Salvador, meu professor de yoga, a jogar. Ele foi na juventude, um jogador profissional, do time do São Paulo, e depois foi conselheiro do clube. Em suas aulas, ele sempre incentivou seus alunos a praticar esporte. Manteve uma turma pra jogar tênis aos Domingos e levava todos num espaço na Granja Viana. Chegávamos às sete horas da manha e jogávamos até uma da tarde, por ai. Talvez pra contar os sets jogados, daria mais de dez, é de perder a conta. Salvador praticava futebol numa turma de Sábado pela manhã. Nessa, só tinha mestres, ou ex-profissionais de futebol. O campo ficava numa várzea em Osasco, uma cidade vizinha de Sampa, e havia a promessa de iniciar uma nova turma dos mais jovens, assim que os velhos cansassem. Fui vê-lo jogar algumas vezes, sem entrar na pelada. De tanto insistir, formava-se uma turma após os jogos dos mestres. Comecei um dia, e era pândego ver alguém correr atrás da bola, mas pra mim o desafio era maior. Jogar, jogar mesmo não jogava, mas corria, aprendi a segurar a camisa dos artilheiros (era o que me mandavam), e dar um chutão pra tirar a bola da zaga. Em vários Sábados, vi com meus próprios olhos Salvador jogar uma partida de noventa minutos, a segunda partida, e ainda depois jogar com os moleques, ufa!

Muito depois de ter saído do ashram que eu mesmo montara, pra continuar a ministrar aulas de yoga, continuei a ministrar aulas em academias de ginástica. Comprei uma motoca (a nona moto que tivera), e arrumei quatro, cinco turmas na cidade. Pra quem estava acostumado a lecionar no próprio espaço, esse turismo na cidade mudou meu ritmo de prática yogi. A loucura de horários não impediu meu treino, mas embaralhou a seqüência de relaxar pra depois meditar. Nessa época meu joelho começou a dar sinais de socorro, e às vezes saia fora do lugar.

Depois do carnaval desse começo de ano, estava ministrando aula, a turma estava lotada, quando ouvi um "creque" estalando de vez meu joelho esquerdo. Ele saiu do lugar, e ainda assim conduzi o relaxamento e sai sorrindo da aula. Isso me custou uma operação de laparoscopia do menisco frontal, um mês de cama, um par de muletas e três meses de fisioterapia. De todas as turmas que consegui vingar, quase todas perdi, menos uma, a de uma escola de dança. A princípio, a idéia era montar uma turma de yoga, mas depois os próprios alunos me motivaram a aprender a dançar. E é isso que estou fazendo, estou fazendo uma identificação com shiva natarája, e aprendendo alguns passos como bolero, forró, e outros tantos.





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